Como resolver as Questões que Enfrentamos Hoje?

Você sabia que as dificuldades que enfrentamos hoje, as dores que carregamos sem nome, os padrões que se repetem em nossas vidas, podem ter raízes profundas, fincadas nas primeiras relações, no alicerce da nossa existência: a relação com nossos pais?


Sim, isto mesmo!


E quais as dificuldades de hoje? Nas relações familiares e afetivas, padrões de comportamento repetitivos que aprendemos com eles, nos traumas infantis que carregamos inconscientemente sem saber, na falta de prosperidade financeira e profissional, nas doenças e sintomas que desenvolvemos para salvar o sistema familiar.


Há situações em que as feridas emocionais afastam os filhos de seus pais porque deixaram marcas profundas causadas por rejeição, abandono, humilhação, traição e injustiça vividas na relação parental.


Mas acredite! Hoje em dia existem abordagens terapêuticas que ajudam a trazer de volta a paz interior.

Na filosofia sistêmica compreendemos claramente que somos parte de um sistema maior, uma teia de relações familiares que nos molda e nos influencia, muitas vezes de maneiras sutis e inconscientes. Para Bert Hellinger, reconhecer e honrar a mãe e o pai no coração transcende a figura física. É um movimento profundo de aceitação das origens, da fonte da nossa vida.


São os movimentos da Alma!


A MÃE é o primeiro amor, a nutrição primordial, o portal para este mundo. Da mãe recebemos a força vital, a capacidade de nutrir e ser nutrido. Rejeitar a mãe, mesmo que inconscientemente, é rejeitar uma parte fundamental de nós mesmos, a nossa capacidade de receber e de nos conectar com a abundância da vida. Sintomas como dificuldade em receber afeto, problemas de nutrição, falta de vitalidade e insegurança podem ser ecos de uma relação não resolvida com a figura materna.


O PAI representa a força, o limite, a direção, a conexão com o mundo externo. Através dele, aprendemos a nos posicionar na vida, a conquistar nosso espaço, a seguir em frente com propósito. Uma ausência paterna, seja física ou emocional, uma imagem paterna desvalorizada, pode se manifestar como insegurança, dificuldade em tomar decisões, falta de assertividade e problemas com a autoridade.


Quando excluímos a mãe ou o pai do nosso coração, quando guardamos ressentimentos, críticas ou julgamentos, estamos, na verdade, nos desconectando de uma parte essencial da nossa própria história. Essa exclusão gera um desequilíbrio no sistema familiar, e, pela dinâmica das ordens do amor, alguém no sistema, muitas vezes as gerações posteriores, pode inconscientemente repetir padrões ou carregar em si as dores não resolvidas.


Reconhecer a mãe e o pai no coração não significa necessariamente aprovar todas as suas ações ou esquecer as feridas. Significa, antes de tudo, aceitar a realidade de que eles são os pais certos para nós, os que nos deram a vida, o bem maior. É um ato de humildade e de reconhecimento da nossa origem. Ao incluí-los em nosso coração, com gratidão pela vida que nos foi dada, liberamos o fluxo do amor em nosso sistema familiar e abrimos espaço para a cura.


Fazer o movimento interno de inclusão e honra pode trazer profundas transformações em nossa vida. Sentimentos de vazio podem ser preenchidos, padrões repetitivos podem ser quebrados, e a força da vida, que flui através das gerações, pode finalmente nos impulsionar para um futuro mais pleno e autêntico. Olhar para nossos pais com os olhos do coração é um passo fundamental para a nossa própria cura e para a construção de um presente mais leve e harmonioso. É reconhecer que somos frutos de uma história, e ao aceitar essa história com amor, nos libertamos para escrever um novo capítulo.


Na Visão biográfica de Franz Ruppert, fortalecer o EU, o SELF saudável é um bom caminho. Nesta abordagem compreendemos que para sobreviver a psique infantil cindida pelo trauma percebido ou vivido cria estratégias de sobrevivência, um FALSO EU para seguir adiante. Olhar para o trauma e ressignificá-lo nos reconecta com o verdadeiro EU interior e acalma nossa mente.


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Rogério Almeida

É Consultor Sistêmico – Pessoal e Empresarial

Com ênfase em Constelações Sistêmicas e Empresariais;

Terapia do  Trauma Orientada para a Identidade.